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ARTES VISUAIS | 

88 (em andamento)

Para onde olhamos enquanto esperamos por algo que talvez nunca chegue? Em que materiais se molda a resiliência? Na memória? Nas rotinas? Nos tempos infinitos? Nos esgarçamentos sutis marcados na pele, nas paredes, nos tecidos? "88" traz os 3 anos que meu avô passou em UTI domiciliar, após um tombo "bobo". Mas, mais do que isso, fala da sobrevivência da esperança - infinitamente obstinada e doce - de minha avó: ao longo dos 3 anos, ela seguiu acreditando numa possível melhora de seu parceiro de mais de 70 anos. Ao mesmo tempo em que convivia com silêncios e vazios cada vez mais presentes, preenchia seus dias com as mesmas preocupações e amores de sempre. Em 88, pretendo pesquisar como amor, negação, persistência se entrelaçam; como passado, presente e futuro podem se tornar uma mesma e única experiência

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